O baixo nível das águas dos lagos de Furnas e Peixoto foi tema, nesta sexta-feira (17/8), de uma reunião extraordinária organizada pela Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), em Alfenas. No fim do ano passado, foi aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma Emenda à Constituição Mineira que incluiu os reservatórios dos Lagos entre as unidades tombadas para fins de conservação, além de estabelecer, na Legislação, o nível mínimo das águas em 762 metros para Furnas e em 663 metros para Peixoto. Atualmente, o nível da água de Furnas está mais de 8 metros abaixo da cota mínima, afetando milhares de mineiros que sobrevivem de atividades praticadas com as águas do Lago, como o Turismo, agricultura e pesca.
Durante a reunião, o deputado estadual Ulysses Gomes questionou a omissão e a ausência do Governo de Minas na participação do debate, assim como o Governo Federal, que desrespeita a Constituição Mineira, inclusive entrando na justiça contra o tombamento. “O Lago de Furnas é o Mar de Minas, ele não é um patrimônio somente do Sul e Sudoeste do Estado, ele é fundamental para o País e para Minas Gerais. Infelizmente, o Governo Federal não tem nenhum planejamento para enfrentarmos a crise hídrica que estamos vivendo, tampouco para a crise elétrica”, criticou Ulysses.
“Apesar dos governos Estadual e Federal não agirem para garantir o cumprimento da cota mínima e do uso múltiplo das águas, reforçamos aqui o nosso compromisso de seguirmos de mãos dadas com os municípios para que a Constituição do Estado seja respeitada”, completou.
Estiveram presentes no debate o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus; o diretor jurídico do Senado, Alexandre Silveira; o presidente de Furnas, Clovis Torres; o presidente da Eletrobrás, Rodrigo Limp; presidente de associações de municípios que defendem a pauta; o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre kalil; deputados estaduais e federais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças das cidades da região.