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Presídio de Itajubá abre frente de trabalho agrícola para detentos

Destaque pela produção industrial, com cerca de 200 presos trabalhando em 15 linhas de produção diferentes mantidas por empresas privadas, o Presídio de Itajubá acaba de criar um braço agrícola. Já são 15 detentos no cultivo de um terreno na vizinhança, com pouco mais de 13 hectares, cedidos por um parceiro particular, Frederico de Toledo Sordo.

O projeto foi batizado de Fazenda Esperança por bons motivos. Proporciona remição de pena para os presos, na proporção de um dia a menos a cada três trabalhados, e a produção é totalmente doada. Os primeiros 500 pés de alface foram para os 90 idosos da Vila São Vicente de Paulo e para as 50 crianças da creche Lar Primeiro Passo.

Além da horta, que tem um ciclo de produção mais curto, os presos estão na fase inicial da engorda de tilápias e pacus numa represa da propriedade. Tanto os alevinos quanto a ração são doações de empresas da região.

Idealizador da Fazenda Esperança, o diretor de Ressocialização do Presídio de Itajubá, Leandro Rodrigues Palma, diz que o projeto está articulado com outras ações para favorecer a reintegração à sociedade de presos que estão na parte final do cumprimento da pena. Leandro cita que os mesmos detentos que trabalham na horta participam de mutirões de limpeza e reparos em escolas públicas nos feriados e fins de semana, preparam canteiros e ensinam os alunos a cultivar hortaliças.

Outra frente do projeto, ainda a executar, é a conversão de espaços ociosos da cidade em hortas comunitárias. A ideia é que líderes comunitários indiquem os terrenos e os presos façam a preparação e o plantio das mudas. Moradores serão os responsáveis pela manutenção da horta e da divisão da produção.detentos na vila vicentina

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