Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o governador Zema mais uma vez deixou claro o seu preconceito contra a população das regiões Norte e Nordeste, comparando-as com “vaquinhas que produzem pouco”. Na entrevista publicada no sábado (5/8), Zema defende a formação de um consórcio formado pelos estados do Sul e Sudeste (Cosud) para contrapor ao Consórcio do Nordeste.
Na busca incessante por holofotes a fim de viabilizar seu nome como candidato à presidência em 2026, Zema incentiva o radicalismo no País e envergonha os mineiros. “É lamentável ver a falta de respeito e empatia, em meio às desigualdades socioeconômicas do país! Zema já não faz a mínima questão de esconder que sempre foi bolsonarista! Que triste para o nosso estado tê-lo como governador”, destacou o deputado Ulysses Gomes, líder do Bloco Democracia e Luta.
Ainda na tentativa de insinuar que as regiões Sul e Sudeste recebem menos recursos que as demais para investimentos na área social, Zema demonstra desconhecer a realidade do país. De acordo com relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pobreza e a extrema pobreza têm sido questões graves, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde, excetuando apenas Rondônia e Tocantins, mais de 40% da população foi afetada por essas condições em 2021.
As declarações do governador incentivam a divisão do país, contrariando a Constituição Federal, que em seu art. 1º traz “A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”, além disso a CF/88 estabelece como vedação aos entes federativos “criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. Lideranças de todo o país, inclusive governadores de outros estados integrantes do Cosud, refutaram a fala de Zema.