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Aplicativos contra mosquito da dengue são desenvolvidos no Sul de Minas

pulseiraPulseira protetora conta com aplicativo de ondas sonoras que espantariam mosquito; proposta é de uma startup de Santa Rita do Sapucaí, MG (Foto: Reprodução/Projeto Pulsetech)

 

Estudantes da área de tecnologia da informação no Sul de Minas começaram a desenvolver aplicativos que podem se tornar aliados no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, febre amarela e chikungunya. Uma das propostas pretende colocar no mercado até o início de 2017 uma pulseira protetora.

O equipamento se assemelha a um relógio de pulso. Com ele, a pessoa conseguiria espantar os mosquitos. O “princípio ativo” é uma frequência sonora inaudível para o ser humano, mas suficientemente irritante para os atuais vilões da saúde pública no país.

“Eu tive essa ideia depois de ler um estudo publicado por uma universidade das Filipinas. Na pesquisa feita por lá, os mosquitos foram mortos. Essa não é nossa intenção, já que não queremos atrapalhar nenhuma cadeia alimentar. Mas nossa expectativa é regular em uma frequência que evite as picadas”, explica Danilo Germiniani, de 21 anos.

Tecnologia
Germiniani é fundador de uma startup que participa de um programa de incentivo ao empreendedorismo em Santa Rita do Sapucaí (MG), o Crowdworking Vale da Eletrônica,sediado pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). O desenvolvimento da pulseira anti-dengue começou no final de junho e o estudante de engenharia da computação de 21 anos acredita que em dois meses o protótipo já esteja pronto.

“Existem já no mercado repelentes eletrônicos fixos, que trabalham da mesma maneira que a gente e têm homologada a emissão de ondas sonoras. A nossa aposta é na mobilidade, com um componente recarregável e que tem boa durabilidade”, afirma o empreendedor.

Depois de montar o protótipo, a startup ainda precisa conseguir as licenças de regulamentação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O custo unitário do produto deve girar em torno de R$ 50, com duração de bateria estimada em até 76h.

Mapa de focos
De Varginha (MG), um aplicativo de celular promete ajudar na criação de um mapa de focos do Aedes Aegypti. A ideia partiu das alunas do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Cenecista (Faceca) e deve ser disponibilizado gratuitamente para todos os sistemas operacionais de smartphones a partir de 1º de agosto.

“A gente tem visto notícias de muita gente sofrendo com a dengue, o zika vírus e a chikungunya e a gente queria ajudar de alguma forma”, conta uma das idealizadoras, Raíssa Cogo, de 21 anos. “E a melhor forma que a gente achou foi essa, de criar um mecanismo de denúncia dos focos, porque tem muitas pessoas que cuidam da sua casa, mas sempre tem aquele lote vazio do lado ou algum lixo jogado na rua que pode ser foco do mosquito”, aponta.

Junto com a colega Prisciane Rodrigues, Raíssa desenvolveu o “ZikaZoom”, que usa o GPS do aparelho para dar a localização exata do foco fotografado pelo usuário. Esse foco se torna um dado dentro de um mapa que pode se tornar referência para os agentes de zoonoses.

“De nada adianta cuidar da sua casa e outra pessoa não cuidar de onde ela vive, porque você pode ser atingido da mesma forma. Então o aplicativo permite fazer esse mapeamento”, diz Raíssa.

Doenças provocadas por mosquito avançam em MG
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) sobre doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti apontou que 186 mortes em decorrência da dengue foram registradas entre janeiro e 4 de julho deste ano. Desse total, três mortes ocorreram no Sul de Minas, nas cidades de Varginha (MG), Três Corações (MG) e Congonhal (MG).
No Estado, outros 522.753 casos da doença são investigados apenas nos sete primeiros meses de 2016. Em 2015, foram 196.555 confirmações da doença durante o ano todo.

Ainda segundo a secretaria, há em Minas Gerais 97 casos confirmados da febre chikungunya e 4.606 registros de zika vírus.

Fonte: G1.com/SulMinas

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