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Andradas, no Sul de Minas, é conhecida como terra do vinho e do ecoturismo

Uma cidade que seduz não só pela tradição na produção de vinhos, mas por vários atrativos que tem a oferecer aos visitantes. Essa é Andradas (MG), localizada aos pés da Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais. Com pouco mais de 39 mil habitantes, é conhecida como “terra do vinho” e oferece diversos atrativos para os amantes da natureza, da culinária mineira e italiana, da cultura e do ecoturismo.

E foi em 1892, dois anos após a fundação da cidade, que as primeiras videiras começaram a criar raízes no município. O responsável foi um imigrante italiano, recém chegado ao Brasil, que viu nas terras de Andradas a oportunidade de uma vida próspera baseada na produção de uvas.

Com pouco dinheiro no bolso, mas com muita vontade de construir um futuro próspero, o patricarca da família Marcon, Sr. João Maximiano Marcon, dividiu as experiências com o filho Geraldo Marcon. Em parceria com a família Piagentini, deram início aos primeiros parreirais na cidade. A sociedade foi encerrada anos depois, mas mesmo assim, Geraldo Marcon não deixou a tradição morrer. Hoje a família dele é detentora da maior produção de uvas da região que figura como uma das maiores vinícolas de Minas Gerais.

Mas para chegar até os dias atuais é preciso voltar no tempo. Sucessor do pai, Geraldo adquiriu a Fazenda São Geraldo e o Sítio Bom Fim. Foi então, que teve início a produção de vinho para vendas apenas à granel. Com a morte de Geraldo Marcon, em 1978, a vinícola foi assumida pelo filho dele, Luiz Carlos Marcon, que, posteriormente, passou a paixão para a 5ª geração da família: os filhos Carlos, Luiz e Michel.

“Nosso avô, Geraldo Marcon, faleceu dentro de uma cuba/pileta (antigo reservatório para armazenamento de vinho), quando naquela época ainda trabalhava sozinho aqui nessa mesma vinícola. Ele desceu dentro deste reservatório para expelir o bagaço manualmente para fora, após a fermentação, e como estava muito forte ainda de gás carbônico gerado pelo processo fermentativo, não aguentou retornar à superfície e sofreu um infarto. Sentimos até hoje a presença dele aqui conosco, em cada passo que damos, mesmo não o tendo conhecido pessoalmente. Nossa marca e nosso complexo turístico receberam o nome em sua homenagem”, contou o empresário Michel Marcon, de 34 anos.

De geração em geração, os três irmãos dão continuidade ao projeto do avô. Constantemente, eles investem em novas tecnologias, aperfeiçoando as técnicas de produção e elaborando vinhos finos com reconhecimento internacional.

Tanta dedicação dá a certeza de que o DNA dos Marcon está totalmente ligado às tradições italianas que ganharam força em terras mineiras. “Eu e meus irmãos estamos 100% envolvidos no ramo. Crescemos entre as videiras e, hoje, respiramos uva e vinho”, disse o empresário.

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Fonte: G1.com 

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