Foto: Sindvel
Na última quinta-feira (6/10), Santa Rita do Sapucaí recebeu a audiência pública da Assembleia de Minas para debater o projeto de lei que dispõe sobre a política estadual de incentivo às startups. O evento faz parte do Fórum Técnico Startups em Minas – A Construção de uma Nova Política Pública.
Uma das sugestões que apareceram foi dada pelo diretor de Operações da Keeplay Game Studios, Fernando Riondet, que defendeu a importância de usar a expressão “empresa de base tecnológica” no marco legal, quando houver referências a startups, para que a lei fique mais clara. Ele também solicitou que o foco da lei seja o apoio a iniciativas já existentes, em vez da criação de novas estruturas.
“Em Minas, temos uma estrutura e incubadoras e pré-aceleradoras que funciona. Por mais bem-intencionada que tenha sido a ideia de um observatório de startups, penso que mais uma entidade intermediária vai atrapalhar. Até isso ser colocado em prática, corre o risco de ficar obsoleto. O ecossistema é muito dinâmico”, avalia Riondet.
A diretora de Marketing e Comunicação da NexAtlas, Ana Raquel Calhau, também requereu aos parlamentares que trabalhem para deixar a lei mais prática, além de reforçar a necessidade de fortalecimento das instituições e programas já existentes, como o Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed, ou semente, em inglês), do Executivo, em Belo Horizonte, onde sua empresa está sendo acelerada.
O 1º-secretário da ALMG, deputado Ulysses Gomes, é um dos incentivadores da área no Estado. Por meio de requerimento de sua autoria, a Assembleia já realizou o clico de debates “Incubadoras e Parques Tecnológicos em Minas Gerais”, reunindo empreendedores de todas as regiões. Em Minas, são 22 incubadoras com 146 empresas.
“É dever darmos prosseguimento a essas discussões. Tenho certeza de que vamos elaborar uma ótima política de apoio e incentivo às startups em Minas”, afirma Ulysses.
O coordenador do Núcleo de Empreendedorismo do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Rogério Abranches, fez um panorama do ecossistema mineiro das startups, que atualmente gera cerca de 3,5 mil postos de trabalho. “Mesmo tendo menos startups que São Paulo, temos as melhores incubadoras do País, segundo o Sebrae”, lembrou.
Abranches também destacou o ecossistema que funciona dentro do Inatel, em Santa Rita do Sapucaí. Ali, de 2013 a 2015, foram captados R$ 1,5 milhão em fomento, com sete empresas graduadas, R$ 5 milhões de faturamento e R$ 3 milhões em impostos. “Um grande obstáculo que enfrentamos é a descontinuidade de incentivos. Falta planejamento a longo prazo”, critica.
Propostas – Nas discussões dos três grupos de trabalho realizados no evento, surgiram 14 novas ideias. Dentr eelas, destacam-se: suporte a programas de aceleração, pré-aceleração e incubação de startups, na forma de concessão de bolsas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); e criação de instrumento financeiro, como letra de câmbio destartups (LCS), sobe responsabilidade do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Fonte: ALMG, com edição da assessoria de comunicação do deputado Ulysses Gomes