A cidade de Pouso Alegre passa a contar com dois equipamentos para prevenção de enchentes a partir desta quarta-feira, dia 7. As chamadas estações hidrológicas vão ajudar a Defesa Civil a acompanhar o volume de chuvas e o nível dos rios que cortam a cidade e fazem parte de um investimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Instituto de Pesquisas Espaciais do Governo Federal (INPE). No Sul de Minas, há estações como essas em outros quatro municípios.
Para o deputado estadual Ulysses Gomes, é uma ação de grande importância para o município, a considerar que a região tem histórico de inundações. “Poder observar o nível do rio e ainda alertar os moradores de possíveis riscos, com antecedência, é maior ganho de uma estação de monitoramento. Todo início de ano há registro de cheias em Pouso Alegre e várias outras do Sul de Minas”, avalia o deputado.
Ulysses lembrou que, em fevereiro e março desse ano, ele intermediou visitas de prefeitos ao governador do Estado, Fernando Pimentel, para pedir apoio após os estragos causados por fortes chuvas. “Cidades como Camanducaia, Cristina, Gonçalves, Itajubá, Monte Sião, Pedralva e Senador José Bento tiveram enchentes que destruíram pontes, estradas e casas. Fizemos uma ação de emergência para ajudar nos reparos, mas o monitoramento vem como prevenção desses desastres”.
Em Pouso Alegre, cada equipamento custa R$ 80 mil e funciona como um sensor. Ele registra de hora em hora, por foto e vídeo, as condições do rio, além de informar graficamente o quanto choveu no local até aquele momento e emitir alertas sobre situações de risco, de acordo com a reportagem do G1.com/Sul de Minas.
Se o rio começa a encher acima de um limite considerado seguro, as informações passam a ser atualizadas a cada 10 minutos. Todo o monitoramento pode ser acompanhado em tempo real pelos moradores, por meio de um site na internet, mantido pelo Cemaden. (Confira aqui.)
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Pouso Alegre, Jean Willians Correa, uma das estações foi fixada sobre a ponte do Rio Sapucaí Mirim, na BR-459. A outra começou a ser instalada na Avenida Dique 2, para monitorar o Rio Mandu. “É um recurso importante dentro do nosso plano de contingência [de enchente]. Fizemos a revisão anual de como vamos nos organizar, junto com outros órgãos, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Copasa e Cemig, para garantir que, caso haja algum problema em decorrência do período chuvoso, possamos atender a população”, explicou o coordenador.
Em Pouso Alegre, bairros como Jardim Yara, Faisqueira, Cidade Jardim, Ipiranga e Solar dos Quita são considerados áreas de inundação gradual. Já o Centro e os bairros Shangrilá e Jardim Noronha, bem como parte do Jardim Yara e do Faisqueira, sofrem mais com alagamentos bruscos. Em 2016, a cidade registrou alagamentos nos meses de janeiro e março. Na inundação de janeiro, pelo menos 100 casas foram invadidas pela água e ao menos 20 pessoas ficaram desalojadas.
Além das estações hidrológicas instaladas, o município ainda conta com cinco pluviômetros automáticos (localizados no Centro, Aeroporto Municipal, morro do Cristo Redentor, Rio Sapucaí Mirim e bairro Monte Azul) e outros seis semiautomáticos. “É com base nos dados desses equipamentos que podemos estabelecer alguma previsão de chuvas. Por exemplo, em outubro, pudemos constatar que choveu acima da média registrada em outubro de 2015. Já em novembro, choveu a mesma quantidade que no mesmo período do ano anterior. Por enquanto, não há risco de enchente, pois o rio está em um nível seguro”, afirmou Jean
Saiba mais no site da Cemaden, clicando AQUI.
Por meio de sensor equipamento registra por meio de fotos imagens e gráficos a situação dos rios
Vista do Rio Sapucaí Mirim a partir da estação hidrológica em Pouso Alegre MG