O Sul de Minas sempre foi uma região de forte produção cafeeira. Hoje, é responsável por cerca de 30% da produção de café do Brasil, o maior produtor do mundo. O controle de doenças, como a ferrugem, e um plano com foco em produtividade fizeram a região aumentar sua participação na produção nacional, de 1,2 milhão de sacas, na década de 1970, para 16,3 milhões no ano passado, conforme números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

História de crescimento

O café começou a se expandir no Sul de Minas no início da década de 1970, se desenvolvendo a partir de ações de crédito e de assistência técnica, através do Plano Nacional de Renovação e Revigoramento de Cafezais. Naquele tempo, o parque cafeeiro da região já era expressivo, e compreendia cerca de 100 mil hectares, com uma produção anual de cerca de 1,2 milhão de sacas.

A partir disso, houve um zoneamento da cafeicultura e foi feito um plano para novos plantios. O que se procurava era fomentar novas variedades, ter espaçamentos mais adequados para favorecer o controle da ferrugem e implantar cafezais mais produtivos, que suportassem, economicamente, os custos adicionais de controle químico da doença.

Com isso, Minas Gerais passou de 2 milhões de sacas anuais, em 1970, para a faixa de 10 milhões de sacas produzidas anualmente, em 1980. Um crescimento de mais de 400% em 10 anos. O Estado, que representava 9% da produção brasileira em 1970, passou para cerca de 30% do total produzido no país.

O surgimento de novas áreas para o cultivo do café e a expansão da mecanização também contribuíram para o aumento da produção. Atualmente a cafeicultura do Sul de Minas conta com uma área de cerca de 642 mil hectares de lavouras, dos quais cerca de 22% estão em fase de formação. A média das safras atuais é de aproximadamente 15 milhões de sacas/ano, podendo crescer com a entrada em produção dos cafeeiros novos, cujo plantio vem sendo feito anualmente.

Com informações do G1 Sul de Minas.