O plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em reunião extraordinária nesta terça-feira (1º/9), em 1º turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/20. De autoria do governador Romeu Zema, ela altera o sistema de previdência social dos servidores públicos civis do Estado.
Cinquenta e um deputados votaram favoravelmente à matéria e 19 parlamentares foram contrários. O deputado estadual Ulysses Gomes foi um dos parlamentares que votou contra a proposta injusta, que retira conquistas trabalhistas de mais de 500 mil servidores e é ainda mais dura com as mulheres.
“Mesmo com a certeza de meu dever cumprido, não posso deixar de sentir o gosto amargo da perda que esta reforma significa para toda Minas Gerais, pois os 21 milhões de mineiros são beneficiários pelo trabalho exercido pelo servidor mineiro. Professores, policiais, profissionais da saúde e da limpeza, dentre tantos outros, que cuidam diretamente das nossas famílias. Mais de 70% da população depende da educação pública, enquanto 80% da população, usa unicamente a saúde pública”, lamentou Ulysses.
“Serviços dessa importância não podem ser medidos como ‘gastos a serem cortados’. Até porque, o Governo tem outras fontes de renda muito maiores, mas prefere não usá-las, como cobrar de grandes empresas suas dívidas bilionárias com o Estado, dentre tantas outras, conforme tantas vezes apontamos no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e nas nossas redes sociais. Por fim, dentre tantas arbitrariedades que não cabem neste espaço, lembro o quanto revela sobre o caráter de um governo uma reforma da previdência que amplia em sete anos o tempo de aposentadoria da mulher, com a absurda justificativa de que elas vivem mais que os homens”, completou o deputado.