CPI dos Fura-Filas

G1 – Pelo menos 120 nomes da lista de servidores da saúde de Minas que tomaram a vacina contra Covid-19 é de origem desconhecida

Levantamento feito pela TV Globo na lista mostra que há servidores que não estão nem no Portal da Transparência de Minas, nem no portal da MGS

Um novo levantamento feito pela TV Globo mostra que parte dos nomes da lista de servidores da saúde não aparece nas informações do site de Transparência do Estado, nem no da empresa que presta serviço ao governo, a MGS. São 120 nomes de origem ainda desconhecida.

No último sábado (13), a TV Globo mostrou que dos 828 nomes que aparecem na lista de vacinados enviada pelo governo de Minas à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), 56% não constava no Portal da Transparência. O governo disse que a lista contava com servidores cedidos por outros órgãos e terceirizados.

Entre os vacinados estão servidores de áreas aparentemente distantes da linha de frente, como Subsecretaria de Inovação e Logística, Coordenação e Gestão, Finanças e Prestação de Contas, por exemplos.

“Uma faxineira que não é da área da saúde, mas está em contato direto com pacientes internados em enfermarias, quartos e CTIs, ela está mais em combate diário do que médico que está na área administrativa. Tem que avaliar caso a caso”, afirmou a advogada doutora em direito público Maria Fernanda Pires.

Exoneração de Secretário de Saúde de Minas e nomeação do substituto é publicada no Diário OficialSecretário de Saúde de Minas Gerais é vacinado contra Covid-19; MP investiga denúncia de fura-fila no governo

O que o Ministério Público, que abriu um inquérito, e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que abriu uma CPI, querem saber é: quem são estas pessoas? Nos próximos dias, a Comissão Parlamentar de Inquérito começa a ser formada e os depoimentos começam a ser ouvidos na ALMG.

“Assim que começarmos o trabalho da comissão, irei apresentar requerimento pedindo para que esta lista venha com informações em relação ao vínculo do servidor, local físico do trabalho e qual a função laborativa do servidor”, disse o deputado estadual Ulysses Gomes (PT).

Os servidores que comprovadamente furarem fila podem ser exonerados e responder pelo crime de improbidade administrativa.

Uma das associações que representam os servidores da saúde, Associação de Especialistas em Política e Gestão da Saúde, é contra a divulgação dos nomes das pessoas vacinadas e afirma que não houve desrespeito ao que prevê o Plano Nacional de Imunização (PNI).

“Entendemos que os trabalhadores que foram vacinados obedeceram aos preceitos legais, sejam emanados por ente estadual ou federal. Todos os trabalhadores estão envolvidos diretamente no enfrentamento `crise da presente pandemia. E todos merecem nosso respeito”, disse o presidente Gustavo Bedran.

FONTE: G1

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