Dez detentos do Presídio de Itajubá, no sul do Estado, estão confeccionando as blusas de malha masculinas do uniforme da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Divididos entre o silk, o corte e as máquinas de costura, os detentos aprenderam o ofício da arte de costurar em curso custeado pelo programa federal Pronatec. Com a formação concluída, agora eles são capazes de transformar rolos de tecidos em uniformes usados por eles mesmos.
Do galpão de costura da unidade prisional saem diariamente cerca de 300 blusas prontas para serem distribuídas para as unidades prisionais do Estado. Por semana são mais de mil e duzentas peças confeccionadas e silkadas. O mais interessante é que apenas mãos masculinas fazem todo o processo da confecção. Elas manuseiam as máquinas de costura, as de corte e overloque e, mesmo quem nunca teve contato com uma linha de costura antes de entrar no sistema prisional, é capaz de aprender o ofício.
Segundo Leandro Rodrigues Palma, diretor de ressocialização da unidade, a expectativa é que sejam produzidas cerca de oito mil peças por mês. Para atingir a meta, mais presos serão treinados e novas máquinas devem ser adquiridas. Por meio de iniciativas como esta o Estado se torna autossuficiente no suprimento de uniformes. Além do Presídio de Itajubá, confeccionam uniformes as Penitenciárias de Formiga, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Muriaé e Ibapa. A confecção das peças femininas fica por conta dos Presídios de Caxambu e Pouso Alegre.
Por: Flávia Lima
Fotos: Marcelo Sant’Ana