A Feira estadual de Economia Popular Solidária vai trazer cada pedacinho de Minas Gerais para Belo Horizonte nos próximos dias 9, 10 e 11. O evento, que será realizado na Praça da Assembleia Legislativa, no bairro Santo Agostinho, encerra o calendário de outras dez feiras realizadas pela Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) pelo interior do estado. No Sul de Minas, aconteceu uma edição em Poços de Caldas (foto).
Os visitantes poderão conferir o artesanato feito em cabaça, do Sul de Minas; em palha de milho, cipó e cerâmica, do Jequitinhonha; a farinha de pequi, do Norte de Minas; tapetes e colchas produzidos no tear mineiro, do Triângulo; sementes crioulas das Casas de Sementes de Barbacena e Turmalina; alimentos beneficiados e certificados, como rapadura, mel e doces cristalizados, além do artesanato de comunidades indígenas e quilombolas.
“O local escolhido é estratégico, na região central da capital, cercado por prédios públicos e teremos ainda a manhã de sábado, para a qual esperamos um público expressivo”, explica o diretor de Comercialização de Empreendimentos Solidários da Sedese, José Ribeiro.
Cerca de 120 empreendedores, de todas as regiões do estado, participam do evento que encerra a temporada das 10 feiras regionais, realizadas Sedese em parceria com o Fórum Mineiro de EPS, Conselho Estadual de Economia Popular Solidária e Prefeituras Municipais.
A programação dos três dias de feira inclui ainda apresentações culturais para o público e realização de oficinas de capacitação para os empreendedores solidários. O funcionamento será das 9h às 22 horas nos primeiros dois dias e, no sábado, o encerramento está marcado para as 20 horas. Estarão presentes 120 empreendimentos solidários nas 60 barracas, sendo 50 empreendimentos do interior e o restante da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Investimentos na economia solidária
O grande diferencial da economia solidária está na organização coletiva de trabalhadores, na autogestão, no reconhecimento do papel fundamental da mulher, no cuidado com o meio ambiente e na responsabilidade com as futuras gerações.
Somente na organização das 11 feiras, a Sedese investiu mais de R$ 300 mil. Outra ação é a instrumentalização das diretorias regionais da Sedese por meio de 11 kits, com 30 barracas cada, para a realização das feiras de forma mais frequente nas regiões – o ponto fixo da economia solidária.
As feiras e os pontos fixos são espaços de promoção de negócios, fomento, formação e informação, visando à sustentabilidade das iniciativas. Existem hoje em Minas Gerais 1.888 empreendimentos solidários, organizados coletivamente por trabalhadores.
Estes empreendimentos estão em diversos ramos de atividades, como agricultura familiar e artesanato, que geram trabalho e renda para milhares de pessoas, em sua maioria mulheres (65%) arrimos de família, quase sempre excluídas do mercado formal.
Foram realizadas feiras em Governador Valadares (Território do Rio Doce), Poços de Caldas (Sul de Minas), Uberlândia (Triângulo), Juiz de Fora (Zona da Mata) Teófilo Otoni (Mucuri), Montes Claros (Norte de Minas), Diamantina (Jequitinhonha), Conselheiro Lafaiete (Médio Piracicaba), Paracatu (Noroeste de Minas) e São João del Rei (Vertentes).