O leque de opções é enorme: culinária típica, artesanato, cavalgadas, passeios em trilhas, esportes radicais, festas populares e religiosas, roteiros históricos nos destinos que possuem patrimônio artístico e arquitetônico. A diversidade das atividades turísticas em Minas Gerais mostra o potencial e o valor socioeconômico do segmento.
Estima-se que o setor movimentou, em 2015, no estado, uma receita direta de cerca de R$ 16 bilhões, resultado de um fluxo da ordem de 24,4 milhões de turistas, segundo dados do Observatório do Turismo, serviço de monitoramento da Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
Para fortalecer o segmento, o Governo do Estado tem adotado medidas que reforçam a política de regionalização das atividades turísticas. No mês passado, foi renovada a certificação de 45 circuitos turísticos, envolvendo todas as regiões de Minas Gerais e 457 municípios.
A divisão das regiões facilita o levantamento do potencial turístico das localidades e serve de base para a elaboração das políticas públicas do Governo para o setor.
“Esse mapa é considerado, por exemplo, como um dos critérios para a distribuição do ICMS turístico e outras políticas para o desenvolvimento local”, afirma Flávia Ribeiro, técnica de Planejamento das Políticas de Turismo da Setur.
O mapa dos circuitos turísticos é revisado todo ano. Uma das mudanças na atual configuração foi o nome do Circuito dos Lagos, que passou a se chamar Circuito Alta Mogiana. Segundo Flávia Ribeiro, a nomenclatura já era conhecida na região e combina com a identificação sociocultural da localidade.
Gestão descentralizada
Os Circuitos Turísticos são entidades sem fins lucrativos que caracterizam a política pública de Regionalização do Turismo de Minas Gerais. Cabe aos Circuitos Turísticos o papel de articular as entidades públicas, privadas e do terceiro setor nos municípios de abrangência, para contribuir com o desenvolvimento econômico e social, por meio da atividade turística.
“A política de regionalização do setor fortalece a proposta do Governo de Minas Gerais de descentralização da gestão, com base nos princípios da flexibilidade, articulação, mobilização e participação social”, afirma o secretário adjunto de Turismo, Gustavo Arrais.
Ele ressalta o valor dos Circuitos Turísticos como instrumento de compreensão das necessidades regionais e com poder de articular melhorias. “Muitos gestores de circuitos participam dos Fóruns Regionais de Governo, apresentando demandas na temática de turismo e apontando soluções” observa Arrais.
Integração aérea
Uma proposta de grande impacto no turismo e na economia dos municípios é a implementação de voos regionais. Prestes a entrar em operação, o Projeto de Integração Aérea Regional de Minas Gerais – Modal Aéreo (Pirma), do Governo do Estado, atende uma das demandas do setor turístico apresentadas nos Fóruns Regionais.
Executado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), o projeto tem seus primeiros voos previstos a partir da segunda quinzena deste mês.
Serão 60 voos semanais, saindo do Aeroporto Carlos Drummond, na Pampulha, em Belo Horizonte, com destino a 12 municípios mineiros. As aeronaves serão do modelo Cessna Grand Caravan 208, com capacidade para nove passageiros, além de dois tripulantes.
A grade de voos já pode ser consultada no site voeminasgerais.com.br. A venda de vouchers será feita pelo mesmo endereço eletrônico e deve começar em breve. O sistema será o mesmo adotado pelas companhias aéreas, via e-commerce (cartão de crédito) e emissão imediata do bilhete.
Na primeira fase, o Pirma vai interligar Belo Horizonte às seguintes cidades: Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Juiz de Fora, Muriaé, Patos de Minas, Ponte Nova, São João del-Rei, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa.
Expansão
A Codemig prevê a expansão do serviço em um segundo momento para outras localidades. “Nosso objetivo é oferecer essa demanda, estimular esse consumo e dinamizar a nossa economia, buscando um potencial de ampliação já apontado em pesquisa”, diz a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Machado.
Para a diretora da Federação Mineira dos Circuitos Turísticos, Daniele Feyo, a inauguração desses voos regionais vai aproximar o interior da capital mineira, considerada a principal porta de entrada dos turistas.
“Quando a gente trabalha na perspectiva de regionalizar o turismo, a melhoria da integração dos municípios é fundamental para o fortalecimento de toda cadeia produtiva”, afirma Daniele.
A executiva acrescenta que o Projeto de Integração Aérea Regional é uma medida concreta do Governo do Estado para o desenvolvimento do turismo em Minas Gerais.
O Circuito Turístico Caminho Novo é um dos beneficiados com a integração aérea. Localizada nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, a região tem como atrativos paisagens naturais, artesanato, tecidos e as cervejas artesanais.
Juiz de Fora, que está entre as seis cidades do circuito, é um dos polos do turismo de negócios e eventos. Daniele Feyo, que também é gestora do Circuito Caminho Novo, acredita que o fluxo de voos na cidade vai estimular o potencial turístico local.
Além de Belo Horizonte, Região Metropolitana e o Circuito Caminho Novo, a integração aérea vai contemplar os Circuitos Turísticos dos Diamantes, Montanhas e Fé, Guimarães Rosa, Trilha dos Inconfidentes, Vale Verde e Quedas D’Água, Serras de Minas, Pedras Preciosas e Serra do Brigadeiro.
Clique aqui para conhecer algumas características dos 45 Circuitos Turísticos de Minas Gerais.
Outras informações também podem ser acessadas no site www.turismo.mg.gov.br
Fonte: Agência Minas