A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta quarta-feira (02/10), o relatório da visita da comitiva de deputados mineiros à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Na visita, realizada em setembro, os parlamentares foram conhecer os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no estado para avaliar supostas irregularidades na privatização da Companhia Energética de Goiás (Celg), que foi comprada pela italiana Enel.
Os deputados constataram que o caminho que o governador Romeu Zema está querendo tomar em relação à privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é o pior possível.
A comitiva foi composta pelos deputados estaduais Alencar da Silveira Júnior, Raul Belém e Repórter Rafael.
Veja o que aconteceu após a privatização da Celg:
– Todas as unidades de atendimento do interior foram desativadas e os consumidores dessas localidades passaram a ter que esperar em média 2 a 3 dias para terem seus problemas resolvidos.
– A troca dos padrões antigos resultou em aumento significativo nos registros de consumo, além de cobrança retroativa. Dessa forma, as contas de luz subiram entre 50% e 300%.
– O atendimento passou a ser exclusivamente automatizado, o que dificultou a resposta às demandas do interior do estado.
– Os investimentos na ampliação da rede na área rural foram abandonados, o que prejudicou a população do interior.
– As decisões importantes que afetam a vida da população que antes eram tomadas em Goiânia agora são tomadas na Itália, onde fica a sede da Enel.
– A Enel não está cumprindo o acordo fechado na época da privatização, de investir pelo menos R$1 bilhão por ano no setor elétrico goiano.
– A Enel mascarou os dados de investimento enviados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) somando, como se fosse investimento próprio, os recursos aplicados na rede por empresas privadas.
– A Enel exigiu ao empresário que pretendia abrir uma unidade da rede de alimentação Giraffas o investimento de R$ 16 milhões, para o fornecimento da energia necessária para a implantação da loja, para ressarcir esse valor em 160 anos.
Para Ulysses Gomes, deixar os consumidores mineiros em uma situação dessas é, no mínimo, uma irresponsabilidade do governador Romeu Zema.
Assessoria de comunicação do deputado estadual Ulysses Gomes