A Regional de Saúde de Varginha recebeu nesta quinta-feira (26/01), no auditório do Centro Administrativo do Sul de Minas, Coordenadores de Vigilância em Saúde, Epidemiológica e Atenção Primária para uma reunião sobre investigação de aglomerado de casos e óbitos de doença febril com manifestações hemorrágicas e casos de Febre Amarela Silvestre.
A Coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Ambiental e Saúde do Trabalhador da Regional de Saúde de Varginha, Monique Borsato fez uma apresentação voltada para o aos técnicos presentes, bem como dos técnicos municipais, visto que este foi o primeiro encontro das equipes municipais que iniciaram o trabalho relativo a este setor, em 2017.
A temática da reunião foi voltada para os objetivos da Vigilância em Saúde com relação à situação epidemiológica decorrente da Febre Amarela Silvestre, doença em surto atualmente no Estado de Minas Gerais. Dentre eles, destacam-se a manutenção em 0 (zero) da incidência da Febre Amarela Urbana – ausente no Brasil desde 1942 -, bem como a redução da incidência da Febre Amarela Silvestre. A detecção precoce da circulação viral, o conhecimento do estado imunobiológico para estimativa de população sob risco e do comportamento epidemiológico da Febre Amarela também são ações citadas como de grande importância no trabalho das equipes de saúde com relação à Febre Amarela.
Monique Borsato ressaltou que “sendo uma doença imunoprevenível, ou seja, para a qual existe a vacina, é muito importante que o empenho de toda a equipe de saúde seja reforçado no que tange ao conhecimento da população sobre a transmissão da doença e à vacinação, que é disponibilizada nos postos de saúde”.
O ciclo de transmissão da Febre Amarela Silvestre, que tem no macaco um hospedeiro da doença, foi apresentado aos presentes, sendo sempre frisado que o comportamento dos primatas não-humanos deve ser observado para que, como um sentinela, os macacos que possam estar doentes sejam identificados e alertem para o preenchimento da ficha de notificação de Epizootias pela equipe de saúde do município.
Foi apresentada pela Vigilância em Saúde do município de Campanha a experiência de zoneamento que foi realizada no município e a integração entre os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias, que tem gerado resultados positivos.
A Vigilância Epidemiológica das Arboviroses Urbanas foi um dos últimos temas abordados por Monique Borsato, enfatizando as questões administrativas e operacionais, além de apresentar a planilha do Plano de Contingência Municipal, explanando e tirando dúvidas a respeito de seu preenchimento. Mônica Maciel, Coordenadora do Núcleo de Atenção Primária à Saúde (NAPRIS) da Regional explanou sobre as ações de controle vetorial na Atenção Primária, abordando as ações que devem ser incorporadas na rotina de trabalho das Equipes de Saúde da Família e dos agentes comunitários da saúde.
A reunião se encerrou com a Referência Técnica do Núcleo de Epidemiologia da Regional de Saúde de Varginha, Taís Cristina, que apresentou as propostas, os recursos financeiros concedidos aos municípios e os 36 Indicadores de Vigilância Sanitária, em alusão ao Programa de Monitoramento das Ações de Saúde.
Fonte: Secretaria de Saúde de Minas Gerais