Com total impunidade e descaso, completamos, nesta segunda-feira (25/1), dois anos do criminoso rompimento da barragem do Córrego do Feijão, que matou 272 pessoas e destruiu o rio Paraopeba, desalojando centenas de famílias de 20 comunidades, além de arrasar definitivamente um importante ecossistema.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) denunciou uma manobra judicial para que a Vale não cumpra integralmente a reparação do crime: na semana passada, os atingidos foram surpreendidos com a notícia de que os processos judiciais, com tramitação em 1ª instância na 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, conduzidos pelo juiz Elton Pupo Nogueira, foram transferidos para a 2ª instância, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Com uma negociação que não permitiu a participação dos atingidos desde o início, a preocupação do MAB é que o acordo entre a Vale e o Governo de MG seja fechado sem contemplar pontos importantes, como a inclusão da continuidade do trabalho das Assessorias Técnicas na região, o pagamento do auxílio financeiro para as vítimas e a criação de um Programa Social de Renda na Bacia do rio Paraopeba, conforme exigem os atingidos. Estamos acompanhando e exigimos Justiça!