Na próxima sexta-feira (19/03), após a instalação oficial, a CPI já deve se reunir para definir calendário e os nomes dos primeiros depoentes
Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-Fila foram designados durante reunião no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) , nesta quarta-feira (17/03). A CPI investiga possíveis irregularidades no uso de vacinas contra COVID-19 para imunizar servidores da Secretaria de Estado de Saúde que não atuam na linha de frente do combate à COVID-19.
O bloco do governador Romeu Zema (Novo) indicou dois representantes: Roberto Andrade (Avante) e Noraldino Júnior (PSC).
Indicados pelo bloco independente estão Cássio Soares (PSD), Sávio Souza Cruz (MDB), Repórter Rafael Martins (PSD) e João Vítor Xavier (Cidadania).
A oposição indicou apenas um nome, o do deputado Ulysses Gomes (PT). Gomes, por ter sido o primeiro signatário do pedido de CPI, não pode ser relator ou presidente do grupo.
A tendência é que a presidência e relatoria da comissão fiquem entre os indicados pelo bloco independente. A reunião que decide oficialmente o cargo de presidente está marcada para esta quinta-feira (18/03). Feita a escolha, o presidente define o relator.
Na próxima sexta-feira (19/03), após a instalação oficial, a CPI já deve se reunir para definir calendário e traçar os nomes dos primeiros depoentes.
O caso dos “fura-filas” no governo Zema veio à tona e chocou a população mineira. A informação é de que, além do então secretário de Saúde, cerca de 500 servidores da pasta fora dos grupos prioritários receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19.
A denúncia gerou revolta dos deputados estaduais. Por isso, parlamentares se organizaram para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar os servidores da Secretaria de Saúde que receberam a vacina contra o coronavírus.
Além da questão ligada aos imunizantes aplicados em funcionários do governo, a CPI quer informações sobre o montante de recursos aplicados pelo governo nas ações de combate à COVID-19.
A ideia é ter detalhes sobre questões como o número de leitos contratados para ampliar o combate ao vírus. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também está apurando a aplicação de vacinas nos servidores da saúde.
No último sábado, o governador Romeu Zema (Novo), oficializou a troca no comando da Secretaria de Estado de Saúde. Carlos Eduardo Amaral deixou o cargo de secretário de Saúde e deu lugar a Fábio Baccheretti Vitor .
As CPIs são formadas para apurar denúncias de irregularidades. Uma comissão do tipo têm poderes de Justiça e, portanto, pode convocar suspeitos a prestar depoimentos, ouvir testemunhas e outras pessoas ligadas ao caso em questão.
Ao fim dos trabalhos, o grupo de parlamentares constrói um relatório final com as conclusões obtidas ao longo do processo de investigação. Na Assembleia de Minas, as CPIs podem funcionar por 120 dias. Posteriormente, é possível prorrogar os trabalhos por mais 60 dias.