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Governo de Minas Gerais busca parceiros para projeto de recuperação ambiental em todo o Estado

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Projeto Plantando o Futuro foi lançado em março e já alcançou 20% de sua meta

O governador Fernando Pimentel recebeu no início do mês, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, ambientalistas, representantes de entidades ligadas ao meio ambiente e secretários de Estado para apresentar o projeto Plantando o Futuro e buscar novos parceiros para a iniciativa. O plano, proposto pelo Governo e iniciado em março deste ano, é coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e tem como meta o plantio de 30 milhões de mudas de árvores de diversas espécies em cerca de 20 mil hectares.

A ação compreende a recuperação de 40 mil nascentes, 6 mil hectares de matas ciliares e 2 mil hectares de áreas degradadas em todos os 17 Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais até dezembro 2018. Desde o início da execução do projeto, já foram plantadas seis milhões de mudas, o que corresponde a 20% da meta total.

Fernando Pimentel destacou, durante o encontro, a ousadia do projeto, fruto de iniciativa lançada em 2008 pela Prefeitura de Belo Horizonte, quando o governador era o prefeito da capital mineira. Na época, Pimentel criou o programa Uma Árvore, Uma Vida, que previa o plantio de uma muda de árvore para cada criança que nascesse na cidade.

“Nós estamos, agora, apontando um outro caminho, o do desenvolvimento. Não é só plantar a árvore – o que já seria muito se fosse somente isso. É criar toda a consciência. Nós estamos plantando nas nascentes, nas matas ciliares, nas áreas de recarga hidrológica. Então, integrar isso tudo cria empregos, cria renda, cria desenvolvimento, cria condições para o Estado avançar no futuro”, destacou.

Pimentel ressaltou o otimismo do Estado em cumprir a meta, apesar de todas as dificuldades orçamentárias. “Eu acho que nós vamos conseguir, vai dar certo. Vamos avançar, apesar da crise institucional que estamos vivendo. Nós estamos otimistas e acreditamos que, com o apoio da sociedade civil, a gente sai dessa crise e segue em frente, que é o que nos interessa, interessa ao povo brasileiro”, disse.

Desenvolvimento

Nos primeiros quatro meses de atuação, desde a publicação do Decreto 46.974, no dia 22 de março de 2016, mais de um quinto da meta estipulada já foi atingida. O projeto Plantando o Futuro, por meio de convênios e licitações, conseguiu viabilizar, neste período, a produção e o plantio de mais de 6 milhões de mudas de árvores, o que representa a recuperação de aproximadamente, 4 mil hectares, equivalente a mais de 20% do objetivo final.

O diretor-presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, explicou como foi realizado o mapeamento das áreas de interesse ambiental. “As áreas prioritárias foram todas levantadas no setor de diagnóstico. Minas Gerais tem um déficit muito grande na área de recuperação ambiental e temos um cadastro de todas essas áreas. Nós estamos procurando parceiros institucionais e a população de maneira em geral que esteja disponível para ajudar. Não se trata simplesmente de cumprir uma compensação ambiental, mas sim cumprir em áreas de grande relevância do Estado – como, por exemplo, nas bacias hidrográficas”, afirmou.

Castello Branco ainda ressaltou que o projeto contempla todos as regiões de Minas Gerais e que em áreas de atenção, como a cidade de Mariana e a Bacia do Rio Doce, poderão somar forças com as entidades que já atuam na questão da recuperação ambiental.

“Nós estamos agendados com a Fundação Renova para ver qual poderá ser o tipo de cooperação relevante. Essa fundação é responsável por todo o processo de recuperação ligado ao desastre ambiental do ano passado em Mariana e tem uma dinâmica própria, mas nós vamos dizer para eles que esse é o nosso levantamento e ver onde é que poderemos ajudar com o Plantando o Futuro. Eventualmente, poderemos juntar esforços com diversos parceiros, como já estamos fazendo com o Instituto Terra na Bacia do Rio Doce”, finalizou.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Jairo José Isaac, destacou a importância das parcerias para a viabilização do projeto. “É um grande desafio. Temos que acompanhar e envolver o todo o Estado em parcerias para que as coisas aconteçam. Esse é um programa com um grande significado e extensão”.

Histórico

O projeto surgiu a partir do Grupo de Trabalho criado em agosto de 2015 que envolveu sete secretarias de Estado – Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Fazenda; Governo; Planejamento e Gestão; Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Ensino Superior; Educação, e Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de diversas empresas públicas, autarquias e fundações ligadas ao Governo de Minas Gerais.

A decisão do governador Fernando Pimentel de investir na preservação do meio ambiente por meio do plantio de mudas e recuperação de nascentes leva em consideração o compromisso firmado pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), que visa a restauração e recuperação de 12 milhões de hectares até 2030, bem como o relatório da entidade que prevê que, em 2030, o mundo enfrentará um déficit no abastecimento de água de 40%. O projeto Plantando o Futuro prioriza áreas degradadas, nascentes de rios e seus afluentes e matas ciliares, bem como a arborização urbana.

As informações sobre a adesão ao programa podem ser encontradas no site www.plantandoofuturo.mg.gov.br.

Além do governador, do presidente da Codemig e do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, participaram da agenda o coordenador do projeto Plantando o Futuro, Cléber Consolatrix Maia; o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF); João Paulo Mello, o presidente do Instituto Espinhaço; Luiz Claudio de Oliveira, o oficial de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Massimiliano Lombardo; o coordenador Nacional do International Union of Conservation of Nature, Miguel Ávila Moraes; o gerente de projetos sênior da Bankengruppe KFW, Miguel Lanna; o representante da The Nature Conservancy – TNC em Minas Gerais, Ricardo Aguilar Galeno; o representante do Instituto Espinhaço, Corynto Filho; e a representante do Instituto Terra, Gladys Nunes, entre outros.

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