Em uma iniciativa inédita em parceria com os municípios, o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) irá proporcionar a visitação a diversos presépios em Minas Gerais. Por meio do “Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas”, 250 presépios residenciais e comunitários, montados em 150 cidades diferentes, estarão abertos para o público até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis.
Piranguçu foi destaque por cadastrar cinco presépios. Um guia online com endereços e horários para visitação ficará disponível no site do Iepha-MG (www.iepha.mg.gov.br). As demais ressaltadas foram: Várzea da Palma, no Norte de Minas Gerais, tem nove presépios cadastrados no guia online e destaca-se por possuir o maior número de espaços abertos aos visitantes. Em seguida aparecem Carmo do Cajuru (Oeste) com oito; Jaboticatubas (Metropolitana) e Medina (jequitinhonha), com sete; Oliveira (Oeste) com seis; e outros dois municípios com cinco: Barão de Cocais (Metropolitana) e Jequitinhonha.
O Circuito de Presépios e Lapinhas faz parte de uma ação de salvaguarda das Folias de Reis, que serão reconhecidas como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Minas Gerais. A celebração do dia 6 de janeiro marcará a deliberação do Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep), concedendo o título.
A articulação dessas iniciativas fortalece a política do Governo de Minas Gerais de difusão e promoção do patrimônio protegido pelo Iepha-MG.
Costume e tradição
O presépio é uma referência ao momento do nascimento de Jesus Cristo, montada com peças que relembram o menino Jesus na manjedoura ao centro, o local de sua vinda ao mundo e os personagens bíblicos que estavam presentes neste importante momento cristão.
A recriação do cenário em que Jesus teria nascido foi uma inspiração de São Francisco de Assis, que encontrou uma forma de catequizar a população de Greccio, na Itália. Num bosque do povoado, em 1223, Francisco festejou a noite de Natal com uma missa solene, diante de um estábulo armado, onde não faltaram o boi e o jumento.
Desde então, os franciscanos tornaram-se os principais propagadores do costume. Com figuras de animais, pastores, casinhas, pequenas conchas e plantas, o cenário de um presépio varia de acordo com os costumes do lugar.
São comuns as grandes armações de presépios contarem com inúmeras miniaturas de diferentes espécies de animais. Assim, leões, bois, galinhas, vacas, pavões, elefantes, macacos, serpentes e girafas ilustram a profecia e a calma dos animais selvagens quando do nascimento do Salvador.
Em Minas, a tradição dos presépios está presente desde o Século 18, com muitos deles montados nos chamados oratórios-lapinhas, encontrados nas regiões de Santa Luzia e Sabará. Tradicionalmente, o dia de desmontar o presépio, a árvore de Natal e toda a decoração é 6 de janeiro, em que se celebra o Dia de Reis.
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Fonte: Agência Minas