Ulysses Gomes de Oliveira Neto
29/07/2009
Política: o senhor é candidato a deputado?
Pré-canditado, dentro do Partido dos Trabalhadores.
Estadual ou federal?
Estadual. Na construção de uma pré-candidatura, que passa primeiramente dentro do partido. Há uma escolha interna, e após essa escolha, obviamente vamos fazer essa disputa fora.
A escolha interna já está marcada?
Depende, como nós vamos passar por um processo eleitoral agora em novembro (para definição da nova direção do PT), depende da nova direção. E esse trabalho de assessoria que eu tenho feito já há cinco anos no mandato do deputado Odair, e um pouco na militância dentro da área da criança e do adolescente na região, os movimentos de Igreja com a Pastoral da Juventude… Este trabalho todo abre portas para a gente atuar, dentro do partido, e ampliar um pouco além na perspectiva de movimento, de ações mais pontuais que ao longo desses anos tenho tido oportunidade de trabalhar. Então, na região tenho construído isto, e aqui em Itajubá aos poucos vai acontecendo. Agora, como o processo interno no partido nos impõe um debate, uma disputa, segura um pouco, mais sou sim pré-candidato.
O senhor apoiou a campanha, seu nome foi ventilado, nada oficial, para ser um dos possíveis secretários de Governo do Jorge Mouallem. Como o senhor avalia este mandato, a atuação tanto do prefeito, quanto do vice, o Laudelino?
De forma extremamente satisfatória. O PT está no governo, é governo, ocupa funções importantes dentro do governo, e é o que nos coloca nesse sentido uma responsabilidade muito grande, junto ao Dr. Jorge e Laudelino, que representam esse projeto político desse grupo que se uniu na eleição passada. Eu avalio de forma positiva. A gente sabe que no desejo da comunidade, há vontade de que as coisas aconteçam rapidamente. A experiência que o grupo que entrou está tendo, inicialmente, é de aprendizado, porque é um grupo muito novo, que nunca esteve dentro do governo, pegou situações de dificuldades, burocráticas… Eu acho que agora está conseguindo engrenar muito bem.
As demandas da comunidade estão sendo supridas na sua opinião?
A área da saúde, que era um problema muito grande no município, tem melhorado. Acho que esse novo secretário (Evaldo Tótora) conseguiu impor um ritmo diferente, inovador, que dá perspectiva positiva para nós, que buscamos essa melhoria para a população, que sonha e deseja e confiou no governo. Acho que esse era o principal fator que o Jorge sempre defendeu na campanha, então não podemos fugir dessa responsabilidade, que é melhorar a saúde. Resolver, acho muito difícil; não só nós, como qualquer um, porque saúde é um caso complicado no país inteiro. Mas dependemos ações pontuais e parcerias, em todas as esferas, federal, estadual e no município – que tem essa função direta – depende muito dessa agilidade, de alguém que conheça e tenha compromisso e tal. Então, acho que nesse sentido o primeiro grande compromisso que o Jorge assumiu tem sinalizado de forma positiva agora com esse novo secretário.
E em relação a outras áreas?
Nós temos visto agora de forma muito positiva também as obras, sobretudo de calçamento de ruas, que é um compromisso que nós assumimos. Em parceria com o deputado federal Odair Cunha, estamos buscando realizar esse compromisso através de verba parlamentar, e verba do próprio município, calçar todas as ruas. E o Jorge está fazendo isso com o secretário ‘Nem’ (Antônio Raimundo Mendonça Rennó), que depois que assumiu impôs um ritmo extremamente acelerado, que prova que é possível fazer de forma mais barata, com qualidade, usando dos recursos da Prefeitura. Então, nesses aspectos, acho que os gargalos que nortearam um pouco a campanha… é claro que a partir disso você vai criar várias outras demandas, mas eram dois pontos, calçamento e saúde. Agora, em consequência disso, vem a questão do trânsito, que vai abrir licitação para contratar a equipe especializada para fazer um estudo, que era compromisso. Acho que esses dois fatores, para seis meses de governo, está satisfatório e sendo extremamente positivo ver que a saúde tem sido prioridade e, neste ritmo, acho que os compromissos serão honrados.
O Jorge teve um rompimento com o ex-prefeito BPS e se afastou da Prefeitura. E agora, como o senhor avalia a atuação do Laudelino como vice?
Eu vejo de forma importantíssima para a cidade. Todas as avaliações de quem acompanhou o processo eleitoral falam que a participação do PT e do Laudelino na campanha como vice do Jorge foi parte fundamental da vitória. De um todo, esta foi identificada como significativa. A participação do Laudelino neste contexto é a cada dia mais importante, de cumprir seu mandato, estar presente na administração… contrariando como a administração anterior impôs esta relação com o vice, que o Jorge ficou afastado. O Laudelino vem a cada dia se mostrando contrário a isto e firme nos compromissos que assumiu durante a campanha, que seria um vice presente, atuante, e comprometido com as ações da administração. A relação dele com o Jorge é de diálogo, ele tem um assessor direto que faz o acompanhamento de todas as ações da administração, e como todos os projetos passam ali, ele sabe de tudo o que acontece na administração, mostrando sua forma diferenciada de atuar como vice. E o Laudelino conseguiu agregar a participação dele com o prefeito, com a sociedade, e a cidade só tem a ganhar. E o Jorge, com a sua… Como fala? Com aquele jeito meio… (risos) meio corrido… Mas ele e o Laudelino se somam muito, com este perfil totalmente diferente.
O Laudelino é uma pessoa bastante calma, serena. Já o Jorge, tem as reações emocionais dele. Como o senhor analisa isto?
O Jorge é… Ah, está me faltando encontrar a palavra que resume este negócio… O Jorge é muito ansioso, meio estourado, mas é o jeito dele. Ele é muito correto nas coisas. Tem sempre um pé atrás diante de qualquer coisa que leve, para ele, para a equipe. Ele sempre está alerta. Agora, com relação ao Laudelino, acho que encaixou bem. Agora, ah… Os dois estão dando conta de conviver (risos). Mas vejo que está dando certo. Mas o Laudelino, apesar da calmaria dele, ele é radical nos posicionamentos dele também. Há um enfrentamento muito forte entre os dois, de posições, mas o interessante ali é que, do jeito deles, eles encontraram um caminho comum. Ou um recuando, ou o outro. E isso é interessante. Eu acho que não daria conta de fazer assim, mas os dois encontraram o caminho deles e isso agora é problema dos dois (risos).
O senhor está envolvido na organização do Expresso da Cultura, que acontece nos finais de semana de agosto, em vários bairros. Como será o evento?
Estamos tentando implementar o Expresso da Cultura desde o ano passando, quando tivemos dificuldades exatamente por questão do ano eleitoral. De parcerias, etc., vários parceiros que conseguimos tinham alguma relação com eleição e para este ano é fruto de uma preparação já antiga. Agora, este ano está dando certo. Ainda não está 100% como a gente queria, esperávamos mais parceiros, fazer uma divulgação maior, mas estamos dando conta com o que conseguimos. Queremos, sobretudo, garantir os direitos e promover a cidadania. A ideia é ir para os bairros, passar a tarde lá. Promover oficinas… Então, teremos oficinas de dança de salão, com a Marli e o Scopel em atividades durante uma hora, uma hora e meia. E vai ter uma tenda montada para a comunidade participar. Vamos ter capoeira com o Dê, dança de rua, a street dance com o Marcílo Bastos, e a ginástica e a dança de Lian Gong, mais para a terceira idade. Iremos fornecer um DVD, para que as atividades possam continuar nos bairros… Conseguimos parceria com a DMinas, que irá sortear cursos profissionalizantes para quem preencher um questionário com as informações do bairro, da área da saúde, da segurança, etc., que vai ser um diagnóstico para nós. E à noite iremos ter a peça Curso de Porte e Postura, que há 16 anos está em cartaz. E teremos um caminhão palco, com cadeiras, para quem nunca teve a oportunidade de ir ao teatro. E esta comédia foge daquelas apelativas, que exploram o sexo; ela traz a mensagem de um novo estilo de vida, com uma mensagem de reflexão, e conseguimos unir parceiros bastante interessantes para a comunidade. Eu estou muito satisfeito. Dá muito trabalho para organizar, mas é um projeto que todo mundo ganha.