Na manhã de quinta-feira, 21/4, durante a entrega da Medalha da Inconfidência, o governador Fernando Pimentel discursou sobre o significado do Dia de Tiradentes para os valores republicanos no país. “Em 21 de abril de 1792, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, era executado porque sonhava e lutava pela independência do Brasil”. O governador destacou que a revolta dos inconfidentes definiu para sempre o rumo da nação.
“Senhoras e senhores, aqui nasceu o sonho de um país livre, soberano, democrático e republicano. Cedo ou tarde, a liberdade sempre vence, é isso que está na bandeira de Minas Gerais: liberdade, ainda que tardia. Esta é a mensagem que as mineiras e os mineiros transmitem ao Brasil hoje. O novo nome da liberdade é a defesa da democracia, expressa pelo voto livre, universal, secreto e popular”, discursou Pimentel, sendo aplaudido pelo público presente, que gritava “Não vai ter golpe!”.
Ao lado do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, que foi homenageado com o Grande Colar da Inconfidência, o governador também recordou a trajetória de luta pela democracia na América Latina, com todas as dificuldades, torturas e censuras, e alertou para a necessidade de proteger o que temos hoje.
“Seja como for o desfecho da crise institucional que atravessamos, nosso país precisa passar por um processo de pacificação. Sem isso, não encontraremos saídas para a recuperação da economia e retomada do crescimento. Sem isso, colocaremos em risco conquistas recentes que foram fruto de muito esforço de toda a sociedade. Os milhões de brasileiros que ascenderam socialmente nos últimos anos não se conformarão em perder o que conquistaram com trabalho e esforço. Esse legado é de todos os brasileiros. A pacificação de que falamos não será omitida por artimanhas jurídicas e políticas que buscam iludir e confundir a consciência. Em um estado democrático de direito, a única pacificação real é a que vem do voto popular. Nada pode superá-lo.”