Giovana tem 10 anos de idade, mora em Poço Fundo (MG) e desde 2014 está na fila de espera por um doador de medula óssea devido a uma doença rara, chamada de “Síndrome de Jó”. A pessoa que podia ajudá-la até consta no cadastro mundial de doadores e foi identificada na mesma época, mas, passados dois anos, a doação teve que ser descartada. O morador de Nova Jersey (EUA) nunca foi encontrado.
“Você recebe a notícia de que pode ter um doador e de repente não saber se não foi totalmente compatível, se não conseguiu contato com a pessoa e ai vem aquele balde gelado, acabou a nossa esperança. Mas a gente não pode perder a fé!”, disse Monalisa Aparecida Oliveira, mãe da Giovana.
A síndrome que a menina sofre resulta de uma alteração genética que afeta o sistema imunológico, deixando a pessoa suscetível a infecções no pulmão e na pele. O diagnóstico de Giovana veio aos seis meses de vida. Apenas um transplante traz chances de cura para ela.
“Ela tinha muita lesão, as pneumonias muito graves, aí quando descobriu a síndrome, eles falaram que era uma coisa muito grave. De uma diarreia, a gente poderia perder ela”, conta a mãe.
Segundo a médica Melina Salve Dias, do Hemominas, a probabilidade de se encontrar um doador compatível fora da família é de uma em cada 100 mil pessoas. Infelizmente, muitos dos candidatos à doação costumam manter endereços desatualizados, o que torna buscas como a de Giovana ainda mais dramáticas.
“É um procedimento médico, não é uma cirurgia complicada. É muito simples, muito seguro, o doador praticamente não corre risco nenhum”, diz a médica Melina Salve Dias Ataíde.
Agora, no distrito do Paiolinho, onde a criança mora, a família começou uma campanha para conseguir novos doadores nas redes sociais.
“Compartilhando, colocando nas redes sociais, para trazer a família pra perto pra fazer as doações”, diz a prima de Giovana, Yasmim Marques.
Segundo a assessoria do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea, não foi possível contactar o doador de Nova Jersey (EUA), porque os dados do cadastro estavam desatualizados.
Fonte: G1. com.br