Foi lançado, nesta segunda-feira (25/7), o Observatório Estadual da Igualdade de Gênero, durante seminário na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, que discutiu experiências de gênero na América Latina e Caribe. A data escolhida celebra também o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O Observatório de Gênero é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Direitos de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC), em articulação com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) e outras secretarias e entidades estaduais. Ele busca elaborar, implementar e monitorar políticas com perspectivas de gênero no Estado. Seu propósito é efetivar processo permanente de análise e estudos sobre a situação das mulheres nos diferentes territórios de Minas Gerais, em consonância com núcleos de pesquisa e extensão de universidades estaduais, federais e instituições superiores de ensino e pesquisa.
A secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, falou, durante a abertura do evento, que o Observatório é uma forma de “mais uma vez percebermos onde e como estamos, e o que precisamos fazer para sairmos desses lugares que historicamente nos colocaram”. A secretária ressaltou que todos os avanços foram conseguidos através de muita luta, mas “nos deparamos nessa trajetória com muita violência e opressão”.
Macaé defendeu a construção de um espaço de pesquisa e sistematização que dialogue com a educação básica, “num momento em que enfrentamos uma ideia que quer construir uma hegemonia em nosso país se contrapondo a anos de luta na construção de uma escola democrática, que se propõe a ser espaço para todas as vozes, em especial as de afirmação e vozes silenciadas.”
Macaé lembrou ainda que todos os avanços democráticos foram resultados de muita pesquisa e “isso foi fundamental para percebermos um currículo oculto presente nas instituições escolares. Uma proposição de hegemonia na educação é tentar dizer que esse currículo deve permanecer oculto, porque desvenda-lo é razão de nossa afirmação e emancipação”.
Para o secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, o Observatório tem como objetivo “reunir saberes e juntar tudo o que é produzido e transformá-los em políticas públicas universais”.
O Observatório Estadual da Igualdade de Gênero conta com a participação e apoio com núcleos de pesquisa e extensão de universidades, como Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Universidade de Montes Claros (UNIMONTES), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMINAS), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Fundação João Pinheiro (FJP).