A Reforma da Previdência que Zema enviou para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovar ataca o serviço público em todos os setores e prejudica mais de 600 mil trabalhadoras e trabalhadores, a maioria deles já com baixos salários. Mas prejudica, principalmente, as mulheres. É inaceitável o aumento da idade mínima das mulheres em sete anos (de 55 para 62 anos), aumento maior do que o proposto para os homens! Não podemos admitir uma reforma que reduz os salários, aumenta o tempo de contribuição, reduz o valor das aposentadorias em níveis abaixo da sobrevivência, propõe uma grande redução no valor das pensões, enfim, interfere profundamente na vida de milhares de mineiros, em meio a uma pandemia, sem participação dos envolvidos. E o que é pior, apesar do enorme sacrifício imposto aos servidores, não traz grande alívio ao déficit público, que necessita, sim, de ações enérgicas do governo na área econômica para a retomada do crescimento da receita.

E para quem acha que servidor público tem “vida mansa” e não merece respeito, lembramos que falamos de trabalhadores que salvam vidas, que educam nossos filhos e a grande maioria da força de trabalho necessária ao mercado, pessoas que cuidam da nossa segurança e da limpeza pública, além dos que atuam nos setores administrativos, dando suporte aos que estão na linha de frente do atendimento à população. Professoras, todo o pessoal da saúde, bombeiros, garis e tantos outros, que garantem que a nossa vida funcione bem.