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Secretaria de Saúde cria hotsite e esclarece dúvidas sobre a febre amarela e a vacinação

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) lançou, nesta quinta-feira (12/1), o hotsite que esclarece todas as dúvidas sobre a febre amarela. No endereço eletrônico www.saude.mg.gov.br/febreamarela o cidadão encontra orientações sobre vacinação, dicas de prevenção, respostas para as perguntas mais frequentes e as últimas notícias relacionadas ao assunto. A ideia da SES é desvendar mitos e levar informações claras e atualizadas à população mineira.

As principais dúvidas dos cidadãos estão relacionadas à vacinação. Afinal, quem deve vacinar? O Ministério da Saúde recomenda a vacinação às pessoas (homens e mulheres) que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata.

A vacinação também é altamente aconselhável às pessoas que vivem nas áreas endêmicas – imediações de Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema e Inhapim, onde foram notificados os casos suspeitos em Minas Gerais. A população rural e silvestre, agricultores, extrativistas e adeptos do turismo ecológico constituem o grupo de risco.

A vacina, única forma de evitar o contágio da doença, é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela está disponível nas unidades de saúde de forma gratuita e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para as áreas de risco.
Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população. Em 2016, foram repassados aos estados mais de 16 milhões de doses, sendo mais de 3 milhões para Minas Gerais. Devido ao aumento da demanda, pode ocorrer um desabastecimento pontual em alguns municípios, mas o estoque é logo recomposto.

O atual esquema vacinal contra febre amarela é composto por uma dose aos 9 meses de idade e um reforço aos quatro anos. Para pessoas que nunca foram vacinadas ou não possuem comprovante de vacinação, é preciso administrar a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos. Pessoas que já receberam duas doses ao longo da vida já são consideradas imunizadas. A vacina é contraindicada a gestantes e a pacientes com neoplasia, imunodeficiência primária, imunossupressão e submetidos a transplante de órgãos, entre outros.
Combate ao mosquito

Além da vacina, outra forma de prevenir a doença é eliminar os criadouros dos mosquitos. Entre as medidas preventivas indicadas estão: verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas não estão entupidas, eliminar qualquer recipiente como pratos de vasos, latas e pneus contendo água limpa. Esses ambientes são ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos.

Essas dicas valem para quem vive na zona rural e também para aqueles que residem em áreas urbanas. O último caso de febre amarela urbana registrado no Brasil data de 1942. Mesmo assim, todo cuidado é pouco, já o que Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, também é o vetor da febre amarela no meio urbano.

Transmissão e sintomas

A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. Além do ser humano, a infecção também pode acometer macacos, que podem desenvolver a febre amarela silvestre e ter quantidade suficiente de vírus para infectar mosquitos e, assim, transmitir a doença às pessoas.

A febre amarela não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre com maior frequência na estação das chuvas, quando há um aumento das populações de mosquitos, favorecendo a circulação do vírus.
As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a doença.
Ações do Governo

As ações de prevenção e controle contra a febre amarela estão sendo desencadeadas principalmente nos municípios que estão em alerta e em outros de Minas Gerais que já apresentam registros de epizootias (morte de macacos) em 2016 e 2017, mesmo sem confirmação laboratorial.

Em vídeo divulgado neste semana, o governador Fernando Pimentel ressaltou que o Governo do Estado já está implementando ações de prevenção nas regiões em que foram identificados casos da doença, incluindo a vacinação das populações que moram em áreas rurais dos municípios afetados. Além disso, também estão sendo reforçados os leitos de hospitais dessas localidades para atendimento de casos graves.

“Não temos nenhum motivo de alarme. A situação de fato é preocupante, mas não é um risco iminente de epidemia. O que nós estamos fazendo é tomar ações preventivas nas regiões afetadas envolvendo especialmente a vacinação. Se você mora num dos municípios que está sendo afetado deve procurar um posto de saúde e se vacinar. Quem mora em área rural já está sendo contatado pelas nossas equipes de campo. Estamos indo de casa em casa vacinar as pessoas”, afirmou o governador.

Fonte: Secretaria de Saúde

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